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Aprendendo mais sobre Cultura Organizacional com a série Emily em Paris

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O grande desafio das organizações está em ser sempre competitiva e gerar valor para os seus clientes, e para isso acontecer elas têm que se adaptar a um ambiente e ao mercado de que estão em constantes mudanças.

Há muito tempo se fala da importância de compreender, monitorar e muitas vezes transformar a cultura de uma organização. A agenda que trata da cultura, que antes ficava mais restrita a área de Recursos Humanos, transitou e tomou grande atenção da(o)s executiva(o)s, da(o)s CEOs, dos Comitês de Gente & Gestão, e principalmente dos Conselhos de Administração.

Você já pensou o porquê desse movimento?

Porque o grande desafio das organizações está em ser sempre competitiva e gerar valor para os seus clientes, e para isso acontecer elas têm que se adaptar a um ambiente e ao mercado de que estão em constantes mudanças, seja por causa do forte avanço da tecnologia, assim como devido às alterações dos hábitos de consumo, e tudo isso impacta em mudanças mais frequentes da cultura das organizações.

Por outro lado, era e é muito comum existirem culturas organizacionais (comportamentos organizacionais) que se transformaram em um sistema sem flexibilidade e que não permitem a entrada de novas ideias, conhecimentos, processos, perspectivas e que por isso barram a inovação e as mudanças necessárias para que a empresa cresça e prospere.

Com esse tema na “cabeça”, recentemente assisti a uma famosa série original da Netflix batizada de Emily em Paris. Emily é uma jovem executiva de marketing que se muda de Chicago para Paris, após sua empresa, que é norte-americana, comprar uma agência de comunicação francesa. Apesar de a nova fase da sua carreira parecer um sonho, ela não esperava se deparar com tantos desafios culturais pelo caminho. Desde o fato dela não falar o idioma francês, somado à falta de conhecimento da gastronomia desse país, dos hábitos de atendimento dos clientes locais, dos horários de trabalho nessa nova empresa, das crenças, dos rituais e das simbologias de poder organizacional.

Os choques culturais eram previsíveis, mas a líder de Emily, mesmo sendo mais experiente que ela, nunca havia morado fora dos EUA, e por isso também não se atentou a esse grande detalhe. A simplicidade e a inteligência de Emily a fez mudar seus comportamentos a tempo de conquistar seus amigos de trabalho. Ela começou a estudar francês, conquistou amigos locais, conheceu mais a fundo a história do novo país, se envolveu em rituais importantes da empresa, aprendeu sobre a gastronomia local e viveu experiências típicas francesas.

E aí, eu faço uma segunda pergunta para você: quantos profissionais criam ações profundas e genuínas para entender a cultura da organização na qual eles estão ingressando?

Aqui na Tailor, sempre nos atentamos, e muito, em nossos processos de executive search, para o entendimento e alinhamento entre a cultura organizacional atual e a desejada, os desafios da posição a ser abertura e o perfil, as crenças, os propósitos e os planos de carreira da(o)s candidato(a)s. Esse “casamento” deve ser ótimo tanto para as empresas quanto para os profissionais.

Em virtude disso, compartilho quatro perspectivas, que recomendo que todos entendam, quando se fala de cultura organizacional.

  • Você sabe quais são os principais símbolos e rituais da cultura organizacional que você está inserido ou se propõe inserir?
  • Quais são as principais políticas, processos e valores presentes que sustentam e reforçam esta cultura?
  • Esse sistema de crenças identificado está alinhado ao seu sistema de crenças/valores?
  • Quais são os sinais e para qual direção, a cultura deve, pode e quer ser modificada?

Espero ter contribuído com alguns importantes insights sobre este tema!

Gustavo Mançanares Leme*
Sócio Diretor da Tailor | Headhunter & Estrategista de RH. É conselheiro de administração & advisory de startups e mentor de carreiras. Tem grande experiência em processos de identificação de talentos, transformação cultural e turnaround de modelos de negócio. É autor do livro O acaso não existe.

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