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CEO: O trabalho mais solitário do mundo? 

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⛯ Você já olhou para um farol e pensou “o que leva alguém a passar meses sozinho fazendo esse trabalho?”. Mas já se perguntou quantos barcos teriam naufragado se não fosse pelo trabalho do faroleiro?

Assim como o trabalho em um farol, o dia a dia de um CEO pode ser extremamente solitário, mas também determinar o sucesso de uma navegação.

A posição de CEO exige tomadas de decisão críticas, frequentemente sem ter com quem dividir o peso dessas escolhas. Em muitos momentos, parece que ele carrega nas costas o destino de toda a organização, assim como o faroleiro que, isolado, garante que os navios não se percam. 

Essa solidão vem acompanhada de dilemas constantes: 

1️⃣ Preservar o core da empresa OU inovar para o futuro? Como manter a essência que fez a empresa crescer e, ao mesmo tempo, preparar-se para o desconhecido?

2️⃣ Resultados de curto prazo OU investimentos de longo prazo? Em tempos de pressão para resultados imediatos, como garantir que a empresa continue sólida no futuro?

3️⃣ Gerenciar estrelas individuais OU maximizar o time como um todo? O CEO precisa decidir: potencializar talentos individuais ou criar uma cultura onde o coletivo é a estrela?

4️⃣ Empoderar o time para tomar decisões OU manter controle centralizado? Como balancear o empoderamento da equipe com a responsabilidade final de entregar resultados?

5️⃣ Imersão total no papel de CEO OU preservar sua identidade pessoal? Como um líder pode se dedicar 100% ao trabalho sem perder o que o torna humano e conectado a seus valores pessoais?

Mas se há algo que podemos aprender com esse farol — e com o próprio papel do faroleiro — é que, embora solitário, o trabalho nunca é em vão. 

O farol está sempre presente, oferecendo orientação, mesmo quando o oceano parece calmo. Da mesma forma, o CEO precisa estar firme, orientando sua equipe, não apenas nos momentos de crise, mas também durante os períodos de calmaria, mantendo todos no curso certo.

⚖️ O dilema entre o “OU” e o “E”:

Um dos maiores desafios que um CEO enfrenta é a constante pressão para escolher entre alternativas. É comum que decisões sejam tratadas como se fossem escolhas de “ou isso, ou aquilo”. Ou focamos no agora, ou projetamos o futuro. Ou inovamos, ou mantemos nossa base segura. Mas, muitas vezes, a resposta mais poderosa está na junção dessas opções, em transformar o “OU” em “E”.

🔄 Adotar uma mentalidade de “ambos/e” permite que CEOs consigam olhar além da escolha única. Um exemplo claro é a capacidade de equilibrar a necessidade de atingir resultados no curto prazo, ao mesmo tempo em que se constroem as bases para o crescimento futuro. 

Não se trata de sacrificar um pelo outro, mas de encontrar um equilíbrio onde os dois possam coexistir. Essa flexibilidade é essencial para manter a empresa relevante e sustentável.

💡 Lições de grandes líderes:

Klaus Kleinfeld, ex-CEO da Siemens, em entrevista para a McKinsey & Company, falou sobre a importância de ter uma estrela-guia pessoal — uma visão que evolui ao longo da vida, mas que sempre ilumina o caminho. 

Para ele, essa visão não só guia a liderança de uma empresa, mas também é crucial para o autoconhecimento do próprio CEO. Ter uma clareza de propósito permite que o líder consiga lidar melhor com as decisões complexas, mantendo-se fiel à sua missão, mesmo em tempos de incerteza.

Da mesma forma, CEOs que investem em redes de apoio e discutem abertamente suas vulnerabilidades com outros executivos encontram força para enfrentar desafios aparentemente intransponíveis. 

Um exemplo disso vem de O. P. Bhatt, ex-presidente do State Bank of India, que destacou como vulnerabilidade pode ser uma ferramenta poderosa para um CEO. 

Ao admitir que não tem todas as respostas, o líder cria um ambiente de confiança, onde sua equipe se sente mais disposta a colaborar e inovar.

🤝 Construindo uma liderança equilibrada:

Os CEOs que se destacam não são apenas aqueles que tomam as decisões mais difíceis, mas os que conseguem equilibrar os muitos papéis que a liderança exige.

Eles não precisam carregar o peso do farol sozinhos; ao cultivar uma cultura organizacional de colaboração, resiliência e abertura, eles permitem que suas equipes compartilhem desse fardo.

O trabalho de um CEO pode ser solitário, mas não precisa ser!

Construir esse equilíbrio entre autossuficiência e suporte, entre curto prazo e longo prazo, e entre vulnerabilidade e força, é o que diferencia os líderes que guiam suas empresas para além das tempestades e aqueles que ficam à deriva.

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