Você sabe o que é a economia da Longevidade?
É a soma de toda atividade econômica para atender às necessidades das pessoas com mais de
50 anos, incluindo trabalho e produtos/ serviços criados para apoiar uma vida longa e saudável
Conforme o Dr. Alexandre Kalache – Presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil
e co-diretor da Age Friendly Foundation – “A revolução da longevidade trará a maior
transformação que vamos viver no século XXI!”.
Jorge Felix – um dos maiores especialistas no tema – ainda reforça que “o envelhecimento da
população, ao lado das mudanças climáticas e do avanço tecnológico, são fatores
determinantes para o desenvolvimento econômico neste século”, e diz também que “os países
com melhores habilidades para solucionar esse desafio estarão aptos a manter ou alcançar um
estágio satisfatório de desenvolvimento. Os perdedores ficarão para trás.”.
E infelizmente o “Brasil está atrasado nas pesquisas (de produtos e serviços para atender essa
população) e nas discussões econômicas, sociológicas e antropológicas sobre um país que está
envelhecendo a passos largos” (Jorge Felix).
Por que falar que o Brasil está envelhecendo a passos largos?
Estamos com uma diminuição gradativa da taxa da natalidade. Cada vez mais, as pessoas
optam por não ter filhos, ou ter somente um.
Em contrapartida, estamos vivendo mais (e melhor). O cuidado com a saúde física, emocional,
mental e espiritual, tem nos proporcionado uma qualidade de vida aos 60, 70, 80, 90 anos, que
não havia sido experimentada em tempos passados.
Em 2020 o Brasil tinha em torno de 30 milhões de pessoas com mais de 60 anos. A estimativa
para 2040 é que esse número seja maior que o dobro, alcançando 66 milhões de maduros.
teremos mais pessoas com mais de 60 anos, do que crianças com menos de 14 anos
A estimativa de vida em 1940 era de 46 anos! Hoje é de 73 anos para homens e de 80 anos
para mulheres.
Conforme pesquisa da Maturi e EY, 88% das empresas concordaram que as empresas que se
prepararem para o envelhecimento estarão em vantagem, porém ainda vemos pouquíssimas
ações, tanto na inclusão no trabalho, quanto nas estratégias para esse consumidor.
O envelhecimento é visto como custo, como “a bomba relógio” pelas políticas públicas no
âmbito da Previdência Social.
Podemos continuar vendo o envelhecimento da população como uma crise iminente, Ou
podemos optar por vê-lo como uma oportunidade para inovações de negócios e políticas
Para isso, precisamos movimentar essa economia, e um dos passos é transformar os maiores
de 50 anos em participantes econômicos mais ativos.
O envelhecimento precisa ser encarado de forma integral e contínua, devidamente alicerçado
num diagnóstico holístico e com a congregação de perspectivas multidisciplinares.
O pensamento precisa ser estratégico e integrado sobre os desafios e oportunidades, com um
modelo de governança que trace as linhas orientadoras de pesquisa e desenvolvimento para
promover soluções.