Correr no Parque Ibirapuera, em São Paulo, e fazer viagens de “trekking” para combinar o exercício com a beleza de trilhas e montanhas estão entre as atividades que Luis Stuhlberger pratica com certa regularidade. “É um jeito bom de desestressar, com algum esforço físico, e olhando a natureza”, afirma o sócio-fundador da Verde Asset Management, que lidera, há mais de 25 anos, o multimercado que é um dos símbolos da indústria de “hedge funds” no Brasil, o fundo Verde.
Desligar a mente desse ícone da gestão de recursos, que se acostumou a processar informações 365 dias por ano, não é uma tarefa fácil, já está incorporado ao seu modo de pensar, virou instinto e também uma paixão. “É meio que automático, é uma coisa que se adquire com o tempo. Então, toda e qualquer informação que vem ou algo que aconteça, de qualquer natureza, pode ser climática, política, geopolítica e econômica, você naturalmente processa. Isso é altista ou baixista? Para qual mercado, então?” É um cacoete de gestor. “O que não quer dizer que eu não vá encontrar um tempo para fazer um esporte, viajar, dá para cuidar da família.”
Aos 67 anos, Stuhlberger mantém o apego ao hábito de se desafiar para identificar o próximo “big money” em meio a um turbilhão de informações diárias e à custa de algumas noites de sono. Não pretende parar tão cedo. “Não estou nem de longe pensando em me aposentar, o que não significa que a Verde não tenha que se diversificar e ter mais gente competente para ir agregando valor e um dia, lá na frente, daqui a uns 20 anos…”