No início deste mês minha sócia Ana, eu e outros 40 executivos e empresários, participamos de um treinamento em imersão de dois dias e meio sobre liderança de alta performance, conduzido por Capitães do BOPE e do time de elite dos Bombeiros.
Existe uma mística cinematográfica (literalmente), sobre como essa turma que é conhecida por comandar as equipes consideradas como a elite das elites, lidera seus times. Há um estereótipo do “pede pra sair”, baseado quase que somente em treinamentos que levam ao limite do estresse físico da equipe. Mas, a verdade é que há muito mais que isso.
De fato, o LEAP (Liderança Estratégica de Alta Performance) é um curso que inclui sim os estímulos físicos na programação, conduzidos às 5:30 da manhã no frio da Lagoa das Ingleses e são totalmente dosados e contextualizados nos objetivos do treinamento. Cada esforço tem o seu propósito muito claro.
Mas, 90% do curso acontece em sala de aula, onde os instrutores esclarecem as estratégias de gestão que os permitem comandar os times mais seletos e de alta performance, da estrutura militar. Estas estratégias e capacidades de liderança, não diferem em absolutamente nada daquelas exigidas pelo mundo corporativo.
Então como ter um time de alta performance (o grande objetivo de todo líder)? O BOPE MG, por exemplo, conta com um contingente de aproximadamente 100 pessoas, somente (dentro do universo de mais de 40mil militares do estado). Para entender esta formação, os comandantes aprofundaram nos detalhes das suas estratégias de:
– Atração: Como criar uma simbologia e desejo de marca forte o suficiente para atrair o interesse dos melhores talentos, em fazer parte.
– Seleção: Como criar uma metodologia de processo seletivo que, realmente, identifique os melhores talentos, com embasamento que justifique o output esperado em cada etapa e tentando reproduzir no processo o máximo da realidade que vivenciarão no dia a dia real.
– Treinamentos: Como definir o que treinar, baseado nos objetivos da corporação, nas necessidades do time e nas capacidades individuais. A importância do correto calendário de desenvolvimento constante e bem elaborado .
– Cultura: Como criar um ambiente de segurança e confiança total na equipe, que te permita enfrentar com tranquilidade os mais diversos desafios. “Quem está na trincheira com você, importa? Mais do que a própria guerra”.
– Liderança: Como desenvolver a responsabilidade individual sobre o sucesso do time, entendendo que o líder será sempre o responsável pelo sucesso ou fracasso, mas também que “se não há liderança, lidere” e que o sistema se retroalimente para formar sucessores.
– Constância: Alta performance é um time se manter atingindo resultados acima da média, por longos períodos. Como a mente e comportamento do ser humano pode ser treinada para buscar essa constância de alta performance.
>> De tudo isso, o mais importante, o ingrediente “secreto” e quem sem ele nada disso para de pé: CONFIANÇA ABSOLUTA ENTRE TODOS! Uma boa tropa só cumpre as missões que entende e acredita claramente nela e defenderá o time neste caminho, custe o que custar. “Ou Vibra ou Sai”.
O curso vai muito além disso, aprofundamos em Neurociência, Negociação, Gestão de Crises e uma série de outras competências fundamentais para qualquer líder. Há tempos não participava de uma capacitação de tão alto nível. Aos poucos vou compartilhando mais.
Corpo docente:
Fernando Antunes – Capitão BOPE
Leo Farah – Capitão BEMAD
Alberto Francis – Major BOPE
Guto Michelin – Capitão RIT
Daniel Hosken – Neurocientista
Mônica Hauk – CEO Solides