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Tailor entrevista: Renan Cavalcanti ? Head de Marketing Clube Atlético Mineiro

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Renan é um jovem — porém experiente — executivo, que ao longo dos últimos 10 anos construiu uma sólida trajetória como profissional de marketing em grandes empresas do mercado de educação e tecnologia, em São Paulo e fora do Brasil. Mas que agora retornou ao seu estado de origem, para comandar o marketing do Clube Atlético Mineiro.

Nessa conversa com a Tailor, Renan conta um pouco de como têm sido seus primeiros 6 meses nesse desafio e dá dicas para quem pretende direcionar sua carreira para o mercado da bola.

Confira!

A CHEGADA AO CLUBE:

Como está sendo ocupar uma cadeira executiva em um clube de futebol?

-R: Estou alcançando meu objetivo profissional e realizando um sonho! Sonhei com este sendo o estágio máximo da minha carreira e o conquistei com 31 anos. Conto esta história, pois sempre quis ser “o cara” do marketing do Atlético e, hoje, sou “o cara” do marketing do Atlético. Mas são desafios diários, causa até estranheza, pois era um sonho, agora eu preciso entregar resultados, tenho que “virar a chave” e tive que começar a entender onde estou.

Como foi a adaptação de sair de uma carreira de grandes empresas do mercado tradicional e trabalhar com futebol?

-R: É desafiador! Cada lugar que você está, você tem que estar lá para aprender. Mas meu desafio disparado é entender um pouco o jogo e tentar saber como ele vai ser jogado.

Quais as diferenças e similaridades na atuação executiva de clubes com o mercado tradicional?

-R: Já trabalhei em empresas maiores em termos financeiros, mas não em impacto, pois aqui a gente move uma população inteira. A gente lida com pessoas que consomem paixão. Mas este encantamento, a torcida em si, isso tudo é fantástico! Eu mexo com um negócio que todas as empresas gostariam de ter: conexão emocional!

Quais as vantagens e melhores coisas em trabalhar com o esporte?

-R: O que eu aprendo a cada dia, pois não tem aula de neuromarketing, design thinking, pesquisa, grupo de estudo ou metodologia nenhuma que vá me trazer tanta resposta, tanta vivência sobre conexão emocional. Estou vivendo isto intensamente a cada dia, a cada momento. É uma vivência, uma experiência, muito diferente para minha vida. Em seis meses já me agregou muito!

Como foram os primeiros meses da chegada no Atlético (principais realizações e conquistas)?

-R: No início do ano tínhamos 45.000 sócios torcedores e fomos para 75.000! Estamos em um processo evolutivo e isto é uma conquista gigante, isto mostra que estamos em linha com o que pretendemos atingir até o fim do ano. Mas o principal projeto que liderei até agora foi o Manto da Massa. Ano passado vendemos 100.000 camisas, este ano já vendemos 120.000 e ainda ganhamos visibilidade internacional — internacionalizamos o projeto. Ainda temos muitos desafios pela frente ainda, o jogo ainda não acabou!

O FUTURO DESTE MERCADO:

Você acha que a contratação de executivos de mercado é uma tendência no futebol?

-R: Com certeza! Isso é profissionalização de gestão que passa diretamente pela entrada das pessoas. É uma conta com coeficiente muito fácil: é o entrar gente, menos as saídas, mais as valorizações, e o que fica é o resultado do sucesso de uma empresa, ou não! O mercado do futebol precisa se profissionalizar, e vai. Não tem mais espaço para amadorismo. Faz parte da evolução natural do seguimento.

O Clube Atlético Mineiro está em um momento muito bom, você acha que o marketing teve um papel importante para este momento?

-R: O fora de campo é tão importante quanto o dentro de campo! Negócios como todo: marketing, inovação, captação de patrocínios, comunicação, redes sociais, tudo faz parte de um time vitorioso.

SOBRE O PROCESSO DE SELEÇÃO:

Como foi participar de um processo seletivo conduzido por headhunter, para um clube de futebol?

-R: Pra mim foi bem diferente, mas é uma história muito boa! É muito confortável, as etapas são claras, você tem um especialista para entender suas dores, quais momentos, quais aflições. A Tailor teve um papel muito importante nisso tudo. Imagina, pra mim: era o cargo da minha vida! Estava trabalhando muito naquele momento e entrei em um processo que era muito importante pra mim, fiquei sem acreditar e vieram as dúvidas e preocupações. Claro que pesquisei sobre a Tailor e o fato de ser uma empresa que está no mercado me deu endosso profissional para minha decisão.

Qual dica você deixa para quem tem interesse em trabalhar no futebol?

-R: Primeiro ponto: veja para onde o mercado está indo. Falamos em transformação digital, startups, e mais cedo ou mais tarde o futebol vai pra lá e aí não vai ter espaço pra amador. Para profissionalizar este mercado eles vão trazer “gente de fora”, pra tirar os vícios… Mas um detalhe importante: você tem que ser apaixonado! Não adianta trabalhar com esporte e não gostar de esporte. Tem que ser condizente com os valores.

A VOLTA PARA CASA!

Renan, há quanto tempo você estava fora de Belo Horizonte? E quanto tempo ficou fora daqui?

-R: Minha carreira foi toda feita em SP e fora do país. Morei quase 2 anos na Irlanda, onde estive trabalhando também com marketing e vendas. Me formei em BH e entrei no mundo das startups em 2011, quando ainda não se falava muito sobre o assunto aqui no Brasil, mas no Vale do Silício já era um mercado muito forte. Apostei nesse mercado e surfei a onda.

Por que, certo momento você direcionou sua carreira para São Paulo?

-R: Meu último estágio na faculdade acabou sendo o estágio que me deu um emprego em SP. A empresa foi adquirida por um fundo de investidores em SP e me convidaram para ir junto com eles. Não estava nem formado ainda e foi a primeira vez que trabalhei no formato Home Office. Quando minhas aulas acabaram, me mudei para SP e fiz minha carreira por lá.

Por que decidiu voltar para Belo Horizonte e quais as vantagens daqui?

-R: Agora que estou retornando mesmo para BH, mas na última empresa minha base era SP, mas tinha um time em Belo Horizonte, então eu passava a maior parte do tempo em São Paulo, mas estava sempre aqui. BH sempre foi um desejo, queria equilíbrio de vida, almejei outras cidades como Curitiba, Florianópolis, mas por ser de Varginha, Minas Gerais, BH é minha casa também. Era algo que eu já queria.

A equipe Tailor deseja ainda mais sucesso ao Renan! Estaremos aqui, torcendo por suas vitórias!

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